Relações entre Configurações de Poder, Prazer e Sofrimento e Intenção de Rotatividade: estudo de caso numa Empresa de Tele-Atendimento

Tipo: 
Dissertação
Palavra Chave: 
Intenção de Rotatividade; Configurações de Poder; Prazer-Sofrimento

PEREIRA, C. C. P. Relações entre Configurações de poder, prazer e sofrimento no trabalho e intenção de rotatividade: estudo de caso numa empresa de tele-atendimento. 2006. 79f. Dissertação (Mestrado). Instituto de Psicologia, Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2006. O objetivo geral deste estudo foi o de investigar o poder de explicação das configurações do poder organizacional e do prazer-sofrimento no trabalho como preditores de intenção de rotatividade em tele-atendentes. Para investigar estas relações, foi realizado um estudo de caso com 286 participantes, empregados de uma grande empresa de tele-atendimento (contact center), que responderam a escalas válidas e consistentes: Configurações do Poder Organizacional; Indicadores de Prazer-Sofrimento e Intenção de Rotatividade. As respostas, codificadas foram submetidas a análises descritivas e de regressão múltipla, tendo a medida de Intenção de Rotatividade como variável conseqüente. Os resultados indicaram que os tele-atendentes têm vivências moderadas de prazer-sofrimento no trabalho, com predomínio das vivências de prazer e que as configurações de poder percebidas como mais características da empresa foram Sistema Fechado, Missionária e Autocracia, todas com médias maiores que o ponto médio da escala. As configurações de poder são preditores fracos para intenção de rotatividade, explicando apenas 9% da variância total explicada. No entanto, as configurações de poder Missionária, Sistema Fechado e Autocracia, por sua vez, foram preditoras significativas dos quatro fatores de PST. As três configurações de poder explicaram 26% da variância total do fator Gratificação; 28% de Liberdade, e 24% de Desgaste. Por outro lado, prazer (Gratificação e Liberdade) e sofrimento (Desgaste) apareceram como fortes e significantes preditores de intenção de rotatividade, explicando 43% da variância total. Com base nos resultados descritos, pode-se concluir que a hipótese principal deste estudo - as configurações de poder são preditoras de prazer-sofrimento do indivíduo no trabalho e estes predizem a intenção do indivíduo deixar esta organização- foi confirmada. Os resultados foram discutidos, comparando-os com os de outros estudos.

Data da Defesa: 
11/12/2006
Banca/Orientador(es): 
Profa. Dra. Maria do Carmo Fernandes Martins
Banca / Examinador(es): 
Profa. Dra. Maria do Carmo Fernandes Martins (Orientadora) – UFU; Profa. Dra. Maria de Fátima Bruno de Faria (Membro Titular) – UnB; Prof. Dr. Sinésio Gomide Júnior (Membro Titular) – UFU; Profa. Dra. Kátia Barbosa Macedo (Membro Suplente) – UCG
Discente: 
Cynthya Coelho Prates Pereira